Sexta-Feira, 29 de Marco de 2024
Reaja e lute em defesa da aposentadoria!

O debate sobre a Reforma da Previdência Social voltou com força total após as eleições ameaçando os direitos em relação à Aposentadoria.

Se a mobilização dos/as trabalhadores/as, liderados pela CUT e demais Centrais Sindicais, tinha derrotado o projeto do Governo Golpista de Michel Temer de enfiar goela abaixo da classe trabalhadora essa Reforma, agora com a eleição de Bolsonaro,  a ideia do ‘novo’ governo é privatizar a Previdência acabando com seus pilares de proteção social, deixando o futuro de milhões de brasileiros e brasileiras nas mãos dos bancos.

Bolsonaro e seus apoiadores, dentre eles Paulo Guedes, que é o homem dos bancos, defendem um modelo de capitalização (privado) com contas individuais, substituindo o atual sistema de repartição, financiado de modo tripartite, ou seja, que conta com a participação do Estado, empresas e trabalhadores.

Esse modelo de capitalização deixa de garantir o salário mínimo e sua aposentadoria passa a ser apenas aquilo que o trabalhador conseguir poupar para si mesmo. Acaba com a solidariedade entre gerações, ou seja, entre quem está trabalhando  e que contribui para aqueles que já deram os melhores momentos de suas vidas se dedicando ao trabalho e no final, terem o direito a um momento de descanso e dignidade.

Entenda  Isso: 

  • Com a PREVIDÊNCIA PÚBLICA ATUAL - Quem contribui 35 anos com R$ 76,32 recebe uma aposentadoria mensal de R$ 954,00
  • Com a PREVIDÊNCIA POR CAPITALIZAÇÃO - Quem contribui 35 anos com R$ 76,32 recebe uma aposentadoria mensal de R$ 224,95

          * Dados do DIEESE

Assim, bancos, seguradoras e até fundos de pensão de estatais irão administrar, da forma como acharem melhor de acordo com seus interesses, a poupança individual dos trabalhadores e trabalhadoras.

Vale lembrar que as Reformas na Previdência realizadas em países como Chile e México, há alguns anos atrás, resultaram em aumento das desigualdades sociais, falta de recursos para os mais pobres e crise profunda nestes países.

No CHILE: Em 1987, a ditadura de Pinochet adotou o modelo de capitalização, o mesmo que Bolsonaro quer para o Brasil. Sem a proteção do Estado e nem aporte dos patrões, os trabalhadores tiveram que contribuir individualmente, tendo suas poupanças administradas por empresas privadas. O resultado foi trágico: dados da Superintendência de Pensiones de Chile comprovam que hoje, trabalhadores que se aposentam com R$ 2.635, por exemplo, recebem entre R$ 660 (mulheres) e R$ 870 (homens), o que representa menos da metade do salário mínimo chileno, numa condição desumana. Em geral essa aposentadoria dura apenas 5 anos, quando acaba a “poupança” que é a capitalização. Depois disso os aposentados são jogados aos cuidados de suas famílias. Esse dado é tão dramático que o Chile tornou-se recordista de suicídios de aposentados.

No MEXICO: a Reforma da Previdência no México foi adotada em 1997 com a mesma lógica da capitalização. Como muitos trabalhadores não tem carteira assinada e não conseguem contribuir para a aposentadoria por conta dos baixos salários, ficarão certamente sem o benefício aos chegarem aos 65 anos, idade mínima para se aposentar no México. Isso já ocorre atualmente com 77% dos idosos num país onde mais de 45% da população vive na extrema pobreza.

A REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE BOLSONARO E PAULO GUEDES INTERFERE NA VIDA DOS SERVIDORES MUNICIPAIS?

As mudanças das regras na legislação federal e na Constituição dos direitos de aposentadoria deverão atingir todos os servidores das esferas federal, estadual e municipal e também trabalhadores do setor privado, além, de pensionistas e trabalhadores rurais. 

VOCÊ SABE ONDE ESTÁ O PROBLEMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL?

Os devedores da Previdência são os grandes empresários, que acumularam uma dívida até 2015 de R$ 374,9 bilhões, mais do que o dobro do suposto rombo (R$ 149 bi) que o governo justifica para realizar a falsa reforma. Somente com desonerações e renúncias foram mais de R$ 283 bilhões que deixaram de entrar nos cofres da seguridade.

Vamos a Luta em defesa da Previdência Social pública solidária e universal, que garanta a dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras e que amplie a proteção social e os direitos.


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