Milhares de trabalhadoras e trabalhadores saíram e às ruas e paralisaram diversos setores no Dia Nacional de Luta, 11 de julho em defesa da redução da jornada de trabalho, do fim do fator previdenciário, reforma agrária, reforma política, e também dizer não ao projeto de lei 4330 (da terceirização), entre outros itens. “Mas isso é só o começo”, acredita a presidenta do Sindema, Jandyra Uehara. É que enquanto a pauta da classe trabalhadora estiver em negociação com o governo federal e o Congresso Nacional, deve haver manifestações convocadas pela CUT e demais centrais sindicais.
Algumas datas já estão no calendário nacional de lutas da CUT. Por Reforma Agrária, a CUT e o MST organizam marcha na Avenida Paulista em 25 de julho. No dia do Agricultor Familiar, outras manifestações também estarão ocorrendo em todo o país.
Em 6 de agosto serão realizados atos contra a terceirização nas portas das federações patronais em todas as capitais do Brasil para pressionar os empresários a retirar da pauta o Projeto de Lei 4330, que precariza ainda mais as condições de trabalho.
Caso o governo federal e o Congresso Nacional não atendam as reivindicações da classe trabalhadora nem abram processo de negociação, haverá também uma paralisação nacional em 30 de agosto.
A pauta
As mobilizações conjuntas e unitárias nos 27 estados do país deram mais visibilidade à pauta de reivindicações da classe trabalhadora. No entanto, ela foi entregue ao parlamento e ao governo federal em março e até agora os projetos de interesse dos trabalhadores continuam engavetados em Brasília. Na avaliação do movimento sindical, é hora de continuar com os atos pois são eles que vão dar mais condições para negociar com o governo e o Congresso Nacional.
Esses são os itens da pauta em defesa dos direitos dos trabalhadores/as:
- 10% do Orçamento da União para a Saúde
- 10% do PIB para a Educação
- Fim do Fator Previdenciário
- Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário
- Contra o PL 4330 sobre terceirização
- Suspensão dos Leilões de Petróleo
- Transporte Público e de qualidade
- Reforma Agrária
Essas reivindicações são urgentes e, da mesma forma que o Congresso trabalhou e aprovou as demandas das ruas reivindicadas nas manifestações de junho, também pode e deve aprovar as demandas dos trabalhadores.
SINDEMA/ com informações da CUT.