Setembro Amarelo: estagiários da PUC no Sindema produzem cartilha com informações de combate ao suicídio

Como contribuição ao ‘Setembro Amarelo’ – mês em que se incentiva a campanha de prevenção ao suicídio – os alunos do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo que são estagiários no Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema produziram uma cartilha informativa.

A secretária de Política e Diretos Sociais do Sindema, Kátia Cheli, afirma que a campanha do Setembro Amarelo “é muito importante para conscientizar as servidoras e servidores da Prefeitura” e que a cartilha produzida pelos alunos da PUC é uma enorme contribuição.

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“A parceira do Sindema com a PUC tem como objetivo quebrar preconceitos e oferecer ajuda para quem precisa, principalmente para que todas e todos trabalhadores públicos de Diadema possam reconhecer os sinais de alerta, procurar auxílio profissional especializado, além de adotar hábitos saudáveis. Essas questões que podem salvar vidas”, ponderou.

Para se ter uma ideia, segundo informações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, no Brasil e no mundo a cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida e a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio.

Cerca de 50 a 60% dos que morrem por suicídio nunca consultaram um profissional da Saúde Mental. Em nosso país, foram contabilizadas mais de 195 mil mortes autoprovocadas entre 1996 e 2017.

De acordo com Kátia, “esses cuidados devem ser redobrados em tempos de pandemia. E ela afirma: “a prevenção ao suicídio e a saúde mental dos servidores é prioridade para o Sindema”.

Andréia Garbin, professora e coordenadora do curso de Psicologia da PUC, explica que esta cartiha busca a prevenção, o cuidado e o acolhimento para pessoas em sofrimento mental, além do conhecimento desta realidade por meio dos registros e notificações dos casos.

“Quando colocamos em evidência a temática do suicídio, nós gostaríamos de ressaltar o reconhecimento deste tema como necessário para a prevenção das situações que as pessoas se encontram”, disse.

Andréia também afirma que atualmente não se tem total conhecimento sobre o tema por causa das subnotificações. Ela comenta que não sabemos o tamanho do problema uma vez que “não existe um sistema de notificação de registro dos casos e investigações suficientes para tentar esclarecer os fatores que contribuem para situações de tentativa e do suicídio consumado”.

Marina Simons (23), é estudante do 8º semestre. Ela comenta que “o contexto pandêmico resultou em um distanciamento social e afetou uma característica essencialmente humana, as relações sociais”.

“Esse comprometimento nas relações intensificaram o sofrimento e o isolamento. Agora, mais do que nunca, precisamos olhar para isso com o devido cuidado e cautela. Nós vivemos em comunidade, somos seres sociais e dependemos uns dos outros”, declarou.

A estudante também considera que este é um período “de nos reinventarmos e adaptarmos para manter a nossa sociabilidade, mesmo a distância”. Em sua opinião, “a empatia é um exercício que todos nós devemos fazer diariamente”. “Por isso, uma ligação, uma chamada de vídeo, uma conversa por mensagem, dedicar uma parte de seu tempo pode salvar uma vida”, concluiu.

Matheus Papp (22), também aluno do 8º semestre, afirma que a cartilha produzida “serve muito para desmistificar o que é um suicida e o que é um atentado contra a própria vida”. Ele diz que “o suicídio é uma questão que todo mundo deveria se inteirar”.

“É importante falarmos sobre o suicídio para os familiares entenderem e para as pessoas que conhecem alguém que está enfrentando este problema ou pessoas que tiveram convívio com suicidas, sejam eles parentes ou amigos”, disse.

Matheus também comentou que isso é importante para removê-los da ideia de algum possível sentimento de culpa ou simplesmente parar de procurar explicações para o que aconteceu. “É para isso que a cartilha serve”, concluiu.

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