Nesta terça-feira (9), o Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema realizou uma live através das redes sociais (Facebook e YouTube) para debater questões relacionadas à luta contra a terceirização dos nossos serviços públicos.
A atividade online contou com a mediação do presidente do Sindema, Ritchie Soares; e com as presenças de Lourdes Estevão, enfermeira da Prefeitura de São Paulo e dirigente da Central Única dos Trabalhadores; e Juliana Salles, médica e membro da executiva da CUT São Paulo.
Ritchie abriu a transmissão ao vivo agradecendo a participação das convidadas e ressaltou a honra em tê-las em uma atividade do sindicato. Em seguida, abordou a questão do processo de terceirização que teve início em agosto deste ano, quando a Prefeitura de Diadema assinou um novo contrato de gestão para administração das Unidades Básicas de Saúde.
“Em nossa opinião, toda e qualquer tipo de terceirização é muito ruim para os servidores públicos e para o atendimento que é feito à população. Por isso nós defendemos a reversão da terceirização através da realização de novos concursos públicos”, declarou.
O presidente do Sindema ressaltou que “a categoria defende que haja diálogo por parte da Administração e o fim deste modelo de gestão terceirizada que, inclusive, é condenado pelos movimentos sindical, em defesa da saúde pública, e por partidos políticos no campo da esquerda”.
A médica Juliana Salles disse ser este um assunto muito importante e alertou para as consequências da terceirização da Saúde no município de São Paulo. Abordando especificamente a área da saúde pública, que é de sua atuação, Juliana falou dos ataques aos direitos dos servidores e à população, que acaba sendo condenada a ficar sem atendimento.
De acordo com Juliana, “cada vez mais a gente vê a destruição da saúde pública, da entrega do direito à saúde, da entrega dos serviços para o setor privado e múltiplos ataques, sejam eles na redução das verbas públicas destinadas à Pasta ou com as reformas neoliberais que retiram direitos do funcionalismo”.
A enfermeira Lourdes iniciou sua fala enaltecendo a troca de experiência e comentou: “eu acho muito importante a gente poder compartilhar as nossas lutas através deste debate. Em primeiro lugar, porque a terceirização não é só um problema da cidade de São Paulo nem de Diadema, ela é um problema do Brasil”.
Em sua opinião, “o avanço das terceirizações faz parte de um projeto que está colocado e nós sabemos que o neoliberalismo tem apostado nessas questões que retiram direitos e atacam a saúde pública como um todo”.
“Eu acredito que nós não vamos conseguir vencer esta luta sozinhos. Essa luta é de todos nós porque para reverter esse processo que vem avançando nos últimos anos, só com muita mobilização das trabalhadoras e trabalhadores para além da vontade política”, comentou.
Se você perdeu a live, mas gostaria de assistir, ou se você gostaria de revê-la, basta clicar aqui.