Quinta-Feira, 02 de Maio de 2024
Mulheres em luta por igualdade, liberdade e autonomia

No próximo sábado, 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, trabalhadoras e trabalhadores da CUT São Paulo ocuparão as ruas da capital paulista para exigir igualdade, liberdade e autonomia. A atividade é organizada em conjunto com outras centrais e movimentos sociais.

A concentração começa às 9h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista nº 1578,  de onde sairá a caminhada até a Praça Franklin Roosevelt, próximo às estações de metrô República e Anhangabaú.

Abaixo, algumas das reivindicações do ato unificado da luta das Mulheres

Igualdade

Queremos igualdade de acesso e permanência no mercado formal de trabalho. Igualdade em relação à justiça, ao acesso à terra, aos serviços públicos. Para isso, demandamos políticas públicas que garantam direitos e deveres iguais, compartilhados entre homens, mulheres e Estado.

Creche: um direito da criança e da família e dever do Estado - cobramos dos governos estaduais e municipais creches públicas e de qualidade, que atendam às reais necessidades das crianças e da família.

Paridade - queremos a real representatividade das mulheres em outros espaços de poder e decisão. As mulheres representam apenas 9% da Câmara Federal e 12% do Senado Federal e nosso chamado é pela ampliação da participação das mulheres na política.

Direitos das Trabalhadoras Domésticas - conquistamos a regulamentação dos direitos das trabalhadoras domésticas, como a redução da jornada de trabalho, o direito ao FGTS e ao seguro desemprego. Isto para que a categoria tenha os mesmos direitos conquistados pelos demais trabalhadores.

 Mudança no sistema político brasileiro - defendemos o fortalecimento do papel da sociedade civil organizada no controle social do Estado, regras mais democráticas para as eleições – com financiamento público de campanha e igual repartição dos recursos entre homens e mulheres. Por isso, participamos da construção do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político.

 Liberdade

Somente seremos livres quando tivermos uma vida em que não sejamos consideradas propriedades de outra pessoa.

Combate à Violência contra as Mulheres – o Estado deve ter políticas públicas de prevenção e atendimento a toda forma de violência contra as mulheres. Não queremos que a violência se mantenha como parte do nosso cotidiano.

Aborto Legal e Seguro - descriminalizar o aborto significa permitir que a decisão de levar ou não uma gravidez adiante seja das mulheres e, assim, impedir que milhares de mulheres morram ou sejam presas por terem interrompido uma gravidez não desejada. O Estado tem o dever de garantir o aborto em condições seguras e o atendimento integral à saúde das mulheres.

Democratização da Comunicação - para rompermos estereótipos e padrões que mercantilizam e exploram nossos corpos, é necessária também uma profunda democratização dos meios de comunicação, com liberdade de expressão e de informação.

 Autonomia

Questionamos o modelo de sociedade que valoriza somente o trabalho realizado na esfera do mercado. Nosso trabalho não remunerado deve ser valorizado e compartilhado com os homens e reconhecido pelo Estado.

Fim das Terceirizações e Precarizações - criação de empregos formais e de qualidade. Grande número de mulheres trabalha em segmentos com baixos salários, sem os direitos formais garantidos em lei e em setores pouco valorizados.

Seguridade Social Universal - independentemente de ter vínculo empregatício ou ter contribuído para a previdência social, as pessoas tem direito a um sistema de proteção social que ofereça saúde e renda e garanta condições dignas de vida e envelhecimento.

Soberania Alimentar e Energética - nossa luta é pelos bens comuns: floresta, água, sementes, saúde e educação, e para que os recursos naturais sejam administrados pelos povos dos territórios aonde se encontram, levando em contra a preservação e sustentabilidade. A expansão das relações de mercado atingiu o campo, áreas indígenas e quilombolas, contaminando as águas, impondo a utilização de sementes transgênicas, da monocultura e do agronegócio. Natureza não é mercadoria. Exigimos alternativas de preservação das soberanias alimentar e energética.


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