Sexta-Feira, 03 de Maio de 2024
Secretaria da Saúde não prioriza Plano de Carreira. E quer aumento das gratificações dos médicos

Chegamos ao último ano desta gestão e a Secretaria da Saúde não moveu uma palha para alavancar a discussão do Plano de Carreira dos/as profissionais da Saúde, incluindo os médicos.  É incompreensível que a maior Secretaria da Prefeitura simplesmente tenha desprezado a principal prioridade dos/das trabalhadores/as da Saúde.

Várias vezes cobramos posicionamento da equipe gestora da Saúde em relação ao Plano de Carreira e nunca houve nenhuma manifestação de interesse no assunto. 

Plano de Carreira na Saúde só sai com muita pressão, mobilização e unidade da categoria. Com o empenho dos gestores, até agora os trabalhadores não puderam contar.

Vem aí mais gratificações para médicos
Numa atitude típica dos imediatistas, que não se preocupam com ações estruturantes no sistema municipal de saúde, o grande feito da atual gestão da Secretaria da Saúde para os médicos foi aprofundar a política de gratificações, que já se mostrou totalmente ineficaz para resolver o problema.

De acordo com dados de abril de 2011, a Prefeitura tinha 477 médicos. Destes, 204 ingressaram até 1999, ou seja, são trabalhadores/as que não estão aqui de passagem, buscam uma carreira e uma política salarial que os valorize e não tão somente uma política imediatista de gratificações.

Os holerites dos médicos são uma verdadeira colcha de penduricalhos e aqueles que estão em vias de aposentar desesperam-se ao ver que não receberão nem metade dos vencimentos da ativa. Ou seja, não tem carreira em Diadema para médicos, não existe perspectiva profissional. 

No dia 9 de fevereiro, a Prefeitura enviou para a Câmara projeto de lei aumentando a gratificação dos médicos, em regime de urgência, com o argumento de que as remunerações da região são maiores e mais competitivas. A GEA (gratificação por exercício de atividade) passará de 33% para 73% da referência salarial 10-A  e a gratificação do PSF de 80% para 120% da referência inicial.

Diadema tem hoje menos médicos por habitante do que a média da região sudeste no setor público, pois cada vez menos médicos se dispõem a vir trabalhar na cidade. E bem sabemos que as causa não são apenas salariais.

Além da insatisfação com os salários, com a ausência de uma política salarial consistente e de um plano de carreira, em muitos setores da Secretaria da Saúde as relações de trabalho sofrem dos males do autoritarismo, do desrespeito e da arrogância, o que infelizmente desanimou e tirou as esperanças de muita gente envolvida com a luta por uma saúde pública de qualidade e que atenda as necessidades da população.


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