A violência da Polícia Militar de São Paulo é uma rotina em toda e qualquer manifestação popular. A desocupação do Pinheirinho, da USP, a repressão à greve dos professores e a deliberada escalada de truculência nas manifestações da juventude contra os aumentos epela reversão das tarifas, reforçam a urgência de rever o modelo de políciamilitarizada e demonstra o autoritarismo do governo estadual e seu desprezopelas demandas populares e sindicais.

O movimento contra o aumento das tarifas em SP é absolutamente legítimo, e para além do reajuste questiona omodelo de organização privatista do transporte público. É inaceitável que atos isolados sirvam de pretexto para a ação violenta dos órgãos de repressão e para a criminalização de movimentos sociais. 

As conquistas em Porto Alegre, Goiânia e Natal demonstraram a força do movimento e que é possível revogar o aumento das tarifas. O prefeito Haddad deveria receber o movimento, atender a reivindicação e iniciar um processo de mudanças reais em direção à construção de um sistema público de transporte.

Em Diadema, o Sindema lutou contra o fim da ETCD, a privatização do transporte e a concessão das linhas para empresas privadas, que representaram um retrocesso para as políticas públicas desenvolvidas na cidade ao longo de anos. A tarifa é absurdamente alta, considerando uma cidade muito povoada e relativamente pequena, com pequenospercursos. Até hoje as empresas de ônibus que atuam em Diadema não estão cumprindo a lei que as obriga a contratarem cobradores e os motoristas continuam exercendo a dupla função, com sobrecarga de trabalho e risco para os usuários do transporte.

Além disso, o sistema de integração em Diadema está em risco porque o governo Alckmin já anunciou que vai impor cobrança nos terminais da EMTU.  As catracas já estão instaladas. A cobrança está suspensa, mas a ameaça permanece. Junto com a população, iremos à luta contra o fim da integração nos terminais da EMTU, pela manutenção dos nossos direitos e por um transporte público de qualidade!

Conclamamos todos/as a participar das manifestações em São Paulo e contribuir para colocar na ordem do dia a discussão estratégica sobre mobilidade urbana e o direito de todos/as ao transporte verdadeiramente público, coletivo e de massas.

Diadema, 17 de junho de 2013

Sindema – Direção 2011/2014