Você vai ficando mais velho, tem mais necessidades, mas acaba ganhando menos. Essa é a realidade dos aposentados, de acordo com Wilson Roberto Ribeiro, presidente da Associação dos Metalúrgicos Aposentados do ABC. Ele foi o convidado do Encontro dos Aposentados, promovido pelo Sindema em 4 de julho. O presidente da AMA disse que batalham pela valorização do poder de compra, já que ao aposentar a renda cai. Há muitas pessoas que ficam depressivas por causa dessa questão, afirma.
 
Estimativas indicam que há cerca de 30 milhões de aposentados no Brasil, que já é o sexto no mundo entre os países com o maior número de pessoas acima dos 60 anos. No entanto, faltam geriatras, sendo que a maior parte dos poucos que atendem idosos estão ligados aos planos de saúde. É preciso se mobilizar para garantir o acesso dos aposentados a hospitais especializados em idosos e que os remédios de uso contínuo estejam disponíveis para todos os que dele necessitam, disse Wilson Ribeiro.
 
Para isso, segundo o presidente da AMA, é necessária a criação de uma federação nacional para representar todos/as os aposentados/as do país. Temos que mostrar que a gente existe e que temos pautas. Precisamos estar inseridos em todos os setores da sociedade para que seja feita a discussão sobre o aposentado e o idoso. E conversar com os mais jovens porque eles não dão muita importância para a aposentadoria.

Dia Nacional de Luta Embora a pauta dos aposentados não esteja contemplada nas demandas do Dia Nacional de Luta, Wilson Ribeiro conclamou aos presentes no encontro dos aposentados para que participassem das ações de 11 de julho.

Já a pauta de reivindicações dos/as aposentados/as será apresentada à presidenta Dilma Roussef em 1º de outubro, o Dia Nacional do Idoso. Faremos nossa primeira mobilização e pediremos que a Dilma receba a pauta aprovada por todos os aposentados. Em 7 de agosto haverá nova discussão da pauta com os/as aposentados/as, que deve ter mais de 20 pontos.