Faltam professores, inspetores de alunos, agentes de serviços e administrativos nas escolas. No entanto, o prefeito interrompeu o recesso dos vereadores para votar um projeto de lei que amplia o número de diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos. 

Convocados em caráter de urgência, a maioria dos vereadores aprovou, em 23 de julho, o PL 022, que amplia as funções gratificadas para a direção sem estabelecer critérios transparentes. Tal ampliação não ocorre proporcionalmente ao número de estudantes e funcionários em cada escola. 

Num cenário em que a Prefeitura vive reclamando de dificuldades financeiras e com tantos problemas para contratação de pessoal é estranho que a preocupação principal seja mais diretores e vice-diretores. O problema está na infra-estrutura humana e de recursos e parece que o governo municipal não sabe avaliar o que é prioridade. 

A pauta dos/as trabalhadores/as em educação foi entregue pelo Sindema à Secretaria em 8 de maio e até agora a maior parte das reivindicações ainda não foi atendida. 

A falta de agente de apoio escolar, que antigamente chamava-se inspetor de alunos, faz com que as/os professoras/es não tirem o descanso remunerado que lhes é de direito na hora da alimentação escolar. São as bolsistas do programa “frente de trabalho” que limpam asescolas, ganhando apenas um salário mínimo e não tendo nenhum direito ou benefício. E quando os professores precisam faltar com justificativa, devido a uma licença médica ou doença familiar , por exemplo, em muitos casos não há um professor substituto, e, dessa forma, os estudantes são dispensados ou então distribuídos entre as várias turmas da escola, sem considerar o ano do ciclo. 

O Sindema é contra a ampliação dessas funções nesse momento, já que a qualidade de ensino não se garante só com cargos de chefia. Exigimos a ampliação do número de cargos em todos os níveis de acordo com os critérios estabelecidos pelo Estatuto do Magistério.