Domingo, 05 de Maio de 2024
Planos privados de Saúde: até quando seremos reféns dessa armadilha?

Em 2004, depois da falência do Ipred Saúde e sucessivamente não conseguir manter contratos com operadoras, a Prefeitura livrou-se da responsabilidade pela assistência médica dos servidores municipais.

A direção do sindicato daquela época aceitou a responsabilidade de contratar planos de saúde privada para os servidores, desde que a prefeitura pagasse um subsídio que na época correspondia a R$ 40,00 ( 50% do valor do plano familiar básico).

Desde 2004, o subsídio da Prefeitura foi reajustado uma única vez em 2008, pois a lei não prevê reajuste anual do subsídio. Depois de muita luta e discussão com a gestão, passou para os atuais R$64,00.
Hoje para que seja pelo menos retomado o patamar de 50% de subsídio para o plano básico familiar, a Prefeitura tem que reajustá-lo dos atuais R$64,00 para R$ 103,61. Hoje dos cerca de 7480 servidores/as, 4300, ou seja 57,5%% aderiram aos planos de Saúde do Sindicato.

Falta de alternativas
A atual direção do Sindema abomina o lucrativo e nefasto sistema de planos privados de saúde e considera uma inversão de responsabilidade gerenciar a obrigação do patrão de oferecer assistência médica aos trabalhadores. Queremos um SUS de qualidade e para todos.

Decidimos continuar administrando esta situação por falta de alternativas concretas e mediante as inúmeras solicitações da categoria para que mantivéssemos o sistema, pois a Prefeitura se mostrou incapaz de mantê-lo e, infelizmente, a saúde pública no município não conse- gue atender a população.

Com saúde não se lucra!
É urgente abrirmos um debate sobre esta situação pois o mercado da saúde privada no Brasil está cada vez mais monopolizado e com mais sede de lucros, contando com a complacência da ANS - Agencia Nacional de Saúde. Esta agência reguladora que deveria proteger os cidadãos do apetite das operadoras, na verdade compactua com o sistema.

No mês de março, em reunião com a presença do Prefeito Lauro Michels, colocamos o problema na perspectiva de reajuste do subsídio e da construção de uma proposta mais eficiente e que melhore a assistência médica dos servidores municipais.

Como até agora nenhum outro ponto da Pauta foi negociado (além do reajuste salarial e do vale alimentação), necessitamos de muita mobilização e organização para superar esta situação. A Prefeitura precisa se conscientizar de que campanha salarial não se resume a reajuste da inflação.

Clique aqui e leia mais sobre os planos privados de saúde e os aumentos das mensalidades dos convênios médicos.


Imprimir   Enviar para um amigo

Comentários

*Nome:
*Email:

*Comentário:

Seja o primeiro a comentar!

Vídeos