O conselheiro municipal da saúde Almir Rogério da Silva, o Mizito, e a diretora do Sindema, Rosa Souza, fizeram uso da tribuna da Câmara, em 19 de dezembro, para denunciar as irregularidades na "conferência" da saúde realizada em 17 de dezembro. Mizito criticou a atuação do secretário da Saúde, José Augusto, bem como a condução do evento realizado essa semana com o nome de conferência da Saúde. “É bom que uma conferência aconteça de acordo com o que diz o regimento. O que aconteceu na terça-feira não foi uma conferência pois munícipes, conselheiros e servidores não puderam se manifestar”, afirmou Mizito.

Antes dele, a diretora do Sindema, Rosa de Souza, também fez uso da tribuna para apontar as ilegalidades que romperam com os princípios preconizados pelo SUS e que devem nortear uma conferência. “Falhou a parte da democracia e desrespeitou o conselho”, disse Rosa, que também é conselheira municipal da saúde e da coordenação plena da CUT-SP. Ela também falou do descaso da gestão com os profissionais da saúde e com a população. De acordo com Rosa, “o autoritarismo de José Augusto está fazendo com que muitos profissionais da saúde adoeçam”. Já a maneira como o secretário conduz a pasta, aliado à falta de condições de trabalho “frustra perspectivas de uma saúde de qualidade para a população e relações respeitosas e democráticas com os trabalhadores da saúde.”

Pela anulação da conferência

“No conselho, o regimento da conferência foi rejeitado e mesmo assim o evento aconteceu: sem eleger delegados e sem participação popular”, relatou Rosa de Souza. Por isso, os conselheiros municipais vão recorrer à Justiça e ao Conselho Nacional de Saúde para tentar anular a chamada 8ª Conferência Municipal de Saúde, que aconteceu em 17 de dezembro.