O Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema realizou na tarde da última terça-feira (2) uma plenária para discutir o retorno das aulas presenciais previsto para março em meio a um aumento de casos de contaminação pelo novo coronavírus. Mais de 80 pessoas, funcionárias e funcionários da Educação, participaram do encontro que aconteceu de forma virtual e discutiu ações de mobilização e reivindicações da categoria do funcionalismo público da cidade.

Ritchie Soares, presidente do Sindema, afirmou que a realização da plenária aconteceu “para enfrentar a realidade a partir da divulgação de decreto municipal que estabeleceu calendário e regras para retorno das aulas nas escolas municipais de Diadema”. De acordo com Ritchie, a posição do Sindema é “a defesa intransigente da vida”. Em sua opinião, “sem a vacinação para toda população, não há possibilidade de fazer um retorno às aulas presenciais em 2021”.

A direção do Sindema prestou contas de reunião realizada no dia 29 com a secretária de Educação de Diadema, Ana Lucia Sanches, onde ele disse considerar o decreto precipitado, uma vez que coloca em risco a vida dos profissionais da Educação, os alunos e seus familiares.

Os diretores também explicaram que, durante esta conversa, o Sindicato reivindicou que se faça uma testagem em massa nos profissionais da Educação – ampla e periódica. Além de garantir condições de trabalho para que as professoras e os professores de Diadema façam a atribuição de aulas e o planejamento de forma virtual.

Mara Neide, secretária-geral do Sindema, fez um relato sobre as ações do sindicato desde o início da pandemia, em meados de março de 2020 e falou sobre os números da Covid-19 nas cidades do grande ABC. A secretária-geral concluiu explicando o porquê o Sindema é contra o retorno às aulas presenciais e informou sobre a participação no ‘Comitê Regional da Educação em defesa da vida’.

Todas e todos presentes na plenária reafirmaram o compromisso com “a defesa intransigente da vida” e a reivindicação de vacinação para toda população para o retorno às aulas presenciais em 2021.

Dentre outros encaminhamentos da plenária, ficou decido que será produzido um documento para Prefeitura pontuando reivindicações como a qualificação de ensino remoto;  o estabelecimento de teletrabalho e a garantia de qualidade com fornecimento de equipamentos; o fortalecimento e participação no comitê regional; a produção de um material que dialogue com a população sobre os riscos do retorno presencial às aulas; e a publicação de nota sobre a falta de normatização da Secretaria de Educação para a atribuição de aulas e planejamentos remotos.

Ao fim da atividade, foi redigida uma nota que pode ser lida aqui.