Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024
Sindema se solidariza com municipais de Santo André e repudia ataques do governo Paulo Serra

O Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema se solidariza com todas e todos os servidores públicos municipais de Santo André, que sofreram mais um ataque do governo tucano do prefeito Paulo Serra (PSDB). Esta semana, a Câmara de Vereadores de Santo André aprovou em sessão ordinária o projeto de lei complementar da reforma da previdência, uma iniciativa da prefeitura. Com a maioria dos votos da casa, o PLC que prejudica a aposentadoria de cerca de 15 mil pessoas foi aprovado pelo Legislativo andreense.

A sessão de terça-feira foi marcada pela manifestação das servidoras e servidores públicos municipais da cidade, que sequer foram recebidos pelos vereadores. Do lado de fora da Câmara, o que se viu foram os Guardas Civis Municipais indo para cima dos manifestantes e jogando spray de pimenta para dispersar o protesto.

O Sindicato dos Servidores de Santo André tentou impedir mais este ataque, reivindicando a suspenção do trâmite do projeto de lei que, entre outras coisas, “propõe mudanças no Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos”. Antes, o governo de Paulo Serra já havia aprovado o aumento de 3% na alíquota previdenciária – subindo de 11, para 14%.

Floripes Aguiar, a Flor, é servidora municipal em Santo André e Diadema, onde faz parte da direção do Sindema como secretária de Política e Relações Sindicais. Ela esteve na Câmara de Santo André neste dia e nos conta que houve muita repressão enquanto os vereadores de Santo André votaram contra o próprio povo da cidade ao atacar os direitos dos servidores. “Foi muito ruim o que aconteceu nesta terça na Câmara de Santo André. Eles não abriram o diálogo em nenhum momento”, declarou.

Aylton Affonso é arquiteto da Prefeitura de Santo André há 31 anos. Ele também estava no ato desta terça. Em sua opinião, “o ato de terça foi grandioso”. “Os servidores se mobilizaram e a notícia se espalhou como um rastilho. Na semana anterior teve um pequeno ato e, à medida que houve a primeira votação, muita gente compareceu ao ato, embora muitos estivessem em horário de serviço”, explicou.

O arquiteto ainda disse que “não houve nenhuma sinalização de diálogo por parte do governo para discutir este projeto, que é enorme e muito complexo”. “E eles ser recusaram a receber uma comissão de trabalhadores para discutir o projeto”, comentou.

Por fim, Affonso disse que é inaceitável tudo que aconteceu na Câmara de Santo André nesta terça. Tanto em relação à aprovação do projeto, como também a truculência do governo para cima dos manifestantes. “Este projeto mexe brutalmente com cerca de 15 mil famílias. Sua aprovação é uma tragédia. Sob o pretexto de adequação à reforma da previdência do governo Bolsonaro, Paulo Serra aprova este projeto que é um passaporte para pobreza e para miséria no futuro”, concluiu.


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