Não ao retorno das aulas presenciais sem vacinação completa e condições sanitárias!

Como se não fosse o suficiente para adiar o retorno dos alunos às escolas da rede municipal o fato de mais de 60% dos profissionais da educação estarem sem o ciclo de imunização completo, com as duas doses da vacina contra a Covid-19, a falta de infra-estrutura de muitas escolas municipais inviabiliza o cumprimento dos protocolos sanitários fundamentais para o retorno presencial dos alunos e coloca em risco a saúde e a vida de crianças, jovens e centenas de servidores.

Essa foi a realidade relatada pelos servidores da Educação e confirmada pela direção do Sindicato, que percorreu as 19 escolas de Ensino Fundamental do município, cumprindo o plano de lutas aprovado em assembleia realizada no dia 30 de julho.

Em oito meses, a atual Administração não conseguiu resolver problemas que se arrastaram há oito anos sem resposta e o que se observa em parte das escolas são salas de aulas deterioradas, vazamentos, umidade e mofo, fiação exposta e janelas corroídas pela ferrugem. Em alguns locais, pátios apresentam buracos, e banheiros e bebedouros estão quebrados. Antes de iniciar as aulas presenciais, estes problemas precisam ser sanados.

As escolas ainda enfrentam a falta de segurança, e em alguns locais, servidores da cozinha ou da frente de trabalho estão abrindo e fechando os prédios, e fazendo o controle de acesso durante o expediente.

Como faltam também trabalhadoras e trabalhadores para a limpeza pesada, agentes de cozinha estão sendo convocadas para esse serviço, muitas vezes fora da escola onde são lotadas, e estão sendo designadas para a realização de tarefas, como limpeza pesada de banheiros, salas de aula e pátios externos que não fazem parte de suas atribuições e caracterizam “desvio de função”.

Para enfrentar o trabalho pesado, nem sequer equipamentos de proteção e limpeza - como luvas e botas - estão sendo fornecidos em algumas escolas!

Essas e outras denúncias serão pautadas em documento que será enviado à Prefeitura e ao Ministério Público do Trabalho, outro encaminhamento aprovado na última assembleia da Educação.

Além dessas ações, o Sindema distribuiu desde o dia 3 de agosto, 10 mil panfletos com o Informe do sindicato aos pais sobre o retorno presencial, nas escolas de ensino fundamental e nos centros dos bairros, com o objetivo de alertar a população sobre os riscos do retorno presencial sem a imunização completa dos profissionais da educação e sem cumprimento dos protocolos sanitários.

Ainda como deliberação da assembleia, reunião da mesa setorial de negociação entre o sindicato e representantes da Secretaria de Educação foi solicitada com urgência e, de acordo com agenda disponibilizada pelo governo, foi marcada para o próximo dia 10 de agosto.

Hoje, 06 de agosto, às 18h30, nova assembleia definirá os rumos da nossa luta! Participe! Junt@s somos fortes!