Segunda-Feira, 06 de Maio de 2024
Greve geral do funcionalismo: municipais de Diadema vão às ruas em defesa dos direitos

O Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema esteve presente nas mobilizações de rua que aconteceram em todo Brasil neste dia 18 de agosto, dia de greve geral do funcionalismo público (municipal, estadual e federal) contra a proposta de emenda constitucional nº 32, conhecida com PEC 32, da reforma administrativa, que ataca os direitos das servidoras e servidores públicos e acaba com a Educação e Saúde públicas - condenando a população mais humilde que precisa desses serviços a ficar sem nenhum tipo de atendimento.

Logo pela manhã, na praça da igreja Matriz, no centro de Diadema, o Sindema, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, representantes de partidos políticos da cidade (PT, Psol, UP e PSTU) e movimentos sociais realizaram um ato contra a PEC 32, contra o retorno das aulas presenciais sem o ciclo completo de imunização contra Covid-19 de todas e todos profissionais da Educação e contra qualquer tipo de terceirização na Saúde do município.

Ritchie Soares, presidente do Sindema, fez uma fala alertando a população que passava pelo centro que “a situação vai piorar ainda mais, além do que já vem piorando nos últimos anos desde o golpe de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff e início do governo do ex-presidente Michel Temer”, caso a PEC 32 seja aprovada no Congresso Nacional e aprovada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

“Essa reforma é um ataque ao serviço público de todo país. Ela ataca as nossas escolas, as nossas unidades básicas de Saúde, os nossos hospitais, porque ela fere de morte os serviços que são prestados e o atendimento que é feito para toda população. Por isso, hoje, em todo o país a classe trabalhadora diz não a este projeto neoliberal do governo Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. Estamos aqui para mostrar a nossa indignação contra mais este ataque”, declarou Ritchie. Em sua opinião, “a PEC 32 é um grande retrocesso, mais uma retirada de direitos da classe trabalhadora”.

Ritchie lembrou que os servidores se reuniram também porque infelizmente em Diadema ocorreu um retorno às aulas presenciais sem que as professoras e professores tivessem recebido a imunização completa contra a Covid-19, além de garantidas as condições sanitárias e de segurança nos locais de trabalho. Por fim, o presidente do Sindema falou da luta para impedir que haja qualquer tipo de terceirização dos equipamentos de Saúde na rede municipal de Diadema.

Jandyra Uehara, secretária nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da Central Única dos Trabalhadores e dirigente do Sindema, iniciou sua fala lembrando de todas e todos parentes, amigos, colegas que perderam a vida desde o início desta pandemia para a política genocida que foi implementada pelo governo Bolsonaro. De acordo com Jandyra, “nunca vivemos uma situação tão grave para a classe trabalhadora”.

“Nós perdemos vidas, perdemos empregos. Nunca tivemos um nível de desemprego tão grande neste país. Estamos perdendo agora os serviços públicos. E por isso estamos nas ruas, para fazer a luta contra este ataque, porque é isso que se trata esta PEC, que eles chamam de reforma administrativa. Mas nós sabemos que, na verdade, é um projeto para terceirizar e privatizar a Saúde, a Educação, a Assistência Social e colocar tudo na mão de empresários”, disse.

Jandyra lembrou que a PEC 32 acaba com os serviços públicos e isso atende os interesses de quem quer fazer do funcionalismo um balcão de negócios e de apadrinhamento. E acaba com a estabilidade de todas e todos os servidores públicos, ataca os aposentados e precariza os jovens servidores. Jandyra alertou que a estabilidade do funcionalismo é “a garantia de que os serviços públicos serão realizados” e é por isso que querem aprovar esta PEC.

Ana Maria Santos, secretária de Saúde do Sindema, esteve no ato e fez uso da palavra e parabenizou todas e todos os colegas servidores que se fizeram presentes nesta quarta-feira (18) na praça da igreja Matriz. “Vocês que estão aqui hoje estão de parabéns. E mais do que isso, demonstram que têm consciência do que está por vir no serviço público”, declarou.

E fez um alerta à população. “Nós temos que ter consciência de que, se passar a PEC 32, nós não vamos ter mais serviços públicos de qualidade. Vão acabar com as creches, com as escolas, porque vai ser tudo privatizado”, comentou. E concluiu, “se hoje o serviço que existe já enfrenta todas as dificuldades, não podemos imaginar o que vem depois que vier a privatização. Por tudo isso, nós temos que nos unir para barrar este retrocesso”.

Ao final do ato na praça da igreja Matriz, as servidoras e servidores públicos municipais de Diadema se juntaram ao ato unificado do funcionalismo público neste dia de greve geral que aconteceu na praça da Repúbilca, em São Paulo.

Confira a galeria de fotos clicando aqui.


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