No fim da tarde desta quarta-feira (18), após o ato que aconteceu na praça da igreja Matriz de Diadema, no centro, houve uma grande manifestação que reuniu todas as centrais sindicais e sindicatos paulistas do ramo do funcionalismo público em nível municipal, estadual e federal. O protesto teve início na praça da República, região central da capital paulista, e marchou até a praça João Mendes, na região da praça da Sé.

Jandyra Uehara, secretária nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da Central Única dos Trabalhadores e dirigente do Sindema representou as servidoras e servidores públicos municipais de Diadema. 

“Aqui, neste dia nacional de greve do setor público, de combate aos governos João Doria e Jair Bolsonaro, esses vírus letais para a classe trabalhadora brasileira porque aplicam a mesma política no combate à Covid-19, porque já era para a nossa população estar totalmente vacinada não fosse a omissão e a corrupção do governo Bolsonaro. Portanto, esses que estão aí são aliados do novo coronavírus (Sars-CoV-2)”, disse.

Segundo Jandyra, Doria e Bolsonaro são aliados também na retirada de direitos porque a PEC 32 que está sendo votada no Congresso Nacional está sendo antecipada no estado de São Paulo com um projeto de autoria do governador João Doria que foi apresentado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Neste mês de agosto, o governo João Doria (PSDB) encaminhou para a Alesp em regime de urgência o Projeto de Lei Complementar 26/2021, que tem por objetivo “aprimorar a estrutura administrativa do Estado e alterar temas pertinentes ao regime jurídico dos servidores públicos. O PLC foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 5. Não houve qualquer discussão com as trabalhadoras e trabalhadores que serão afetados por este projeto.

A dirigente nacional da CUT também denunciou o alto índice de desemprego no país. “Eles são vírus letais porque o desemprego nunca esteve tão alto no Brasil e nunca faltou tanta comida na mesa das famílias brasileiras como agora”, declarou.

Por fim, Jandyra disse que “não há outro caminho a não ser o caminho da luta, o caminho da unidade na construção de uma greve geral com todos os setores da classe trabalhadora, da juventude e do povo brasileiro”. Em sua opinião, “é preciso dialogar e trazer o povo das periferias para juntos derrubarmos o governo Bolsonaro para que possamos ter perspectiva de futuro para as próximas gerações”.

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