Como o governo Bolsonaro proibiu reajustes ao funcionalismo público até dezembro de 2021, no ano passado, depois de 7 mesas de negociação, conseguimos arrancar da atual administração o acordo coletivo da campanha salarial 2021 para reposição das perdas salariais a partir de janeiro de 2022.

Só tiveram reajuste salarial em julho de 2021: servidoras e servidores que recebem o piso salarial da Prefeitura (referência I – Agentes de Serviços de Cozinha I): reajuste de 5,19% para equiparação ao valor do Salário Mínimo Paulista (R$ 1163,55) – Julho de 2021 (por força de lei estadual); agentes comunitárias de Saúde e agentes de controle de endemia: reajuste de 10,69% para equiparação ao Piso Nacional das ACSs e ACEs – Julho de 2021 (previsto na Constituição e Lei Federal).

Começamos a receber agora, em janeiro de 2022, o acordo salarial para pagamento das perdas acumuladas de março de 2019 até março de 2021. Agora, na campanha salarial 2022 que terá início com a assembleia de aprovação da pauta de reivindicações no dia 11 de março, uma de nossas lutas principais será pela reposição salarial de 16% (Inflação de março de 2021 a fevereiro de 2022, estimada em 10,5 %, mais as perdas salariais acumuladas de 2019 a 2020).

Vamos à luta! Juntos somos fortes!

Tudo está caro: inflação corrói os salários: a inflação fechou o ano de 2021 batendo mais de 10%, agravada pelos aumentos consecutivos dos preços dos combustíveis, do botijão de gás, da conta de luz e dos alimentos, como: feijão, café, açúcar e carne; cesta básica consome até 63% do salário mínimo fi xado em R$ 1.212,00; trabalhador que recebe salário mínimo trabalha 112 horas por mês para comprar a cesta básica em São Paulo; a cesta básica em SP é a mais cara das 17 capitais pesquisadas e custou R$ 713,86 em janeiro de 2022; a cesta básica paulista registrou alta de 3,38% em janeiro/22 comparada com o mês de dezembro.