Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Em plenária, profissionais da Educação debatem a fragilidade dos protocolos adotados pela Secretaria de Educação frente ao aumento de casos de covid-19 na rede municipal de ensino

Salas de aula lotadas, falta de álcool gel, produtos de limpeza e servidores operacionais para a garantia dos protocolos sanitários... Em muitas escolas, as equipes de direção acabam “cedendo” à pressão da Secretaria de Educação para evitar o fechamento de salas e a dispensa de alunos, que, muitas vezes, frequentam a escola com coriza, com gripe.

As orientações para fechamento das salas de aula em função de situações de “surto” de contaminação quando chegam das Unidades Básicas de Saúde dos territórios não são acatadas pelas chefias da Secretaria da Educação, a exemplo do que ocorreu na EMEB Trivinho, Perseu Abramo e em outras escolas da rede.

Muitas escolas da rede municipal não têm pátio aberto para garantir a circulação e ventilação adequada nem tão pouco espaço adequado para garantir o distanciamento social necessário para evitar a contaminação e a propagação do vírus na hora da alimentação dos alunos.

Durante os HPTCs, professores se concentram em uma sala de aula para a formação. Em geral, os prédios escolares são estruturas frias e com as baixas temperaturas verificadas no mês de maio e junho. A tendência é de diminuir a circulação do ar para evitar a exposição ao frio intenso.

Muitos hospitais e centros médicos privados têm deixado testar pacientes com síndrome gripal, se limitando atestar o afastamento por alguns dias dos pacientes que procuram esses serviços. Na rede pública de Saúde, crianças dificilmente são testadas e adultos, em geral, apenas são testados quando estão sintomáticos. Isso sem contar a falta de orientação para que os casos sejam notificados na UBS do próprio território da escola, estabelecendo nexo com inquérito epidemiológico da unidade escolar.

Enquanto isso, dados do SESMT sobre afastamentos/ licença-saúde apresentados pela própria SE na última reunião da Comissão de Discussão da Implantação da Jornada de 1/3 (Lei do Piso) realizada no dia 9 de junho de 2022, dão conta do aumento de casos de afastamentos médicos por covid-19 e síndrome gripal entre os professores: no mês de maio/2022, 277 professores foram afastados por síndrome gripal e 83 afastados por covid-19; em abril, 118 professores tiveram afastamento médico por síndrome gripal e apenas 15 afastamentos em função da covid-19.

Os casos de síndrome gripal entre professores da rede municipal cresceram em maio 134%, se comparados aos dados de abril enquanto os casos de covid-19 tiveram um crescimento de 453% no mesmo período.

Preocupados com esse quadro, os servidores presentes na plenária da Educação realizada de forma remota pelo Sindema, no dia 13 de junho, definiram um conjunto de ações que denunciar a fragilidade e o desrespeito aos protocolos (e até a falta deles em alguns casos), e as ações (e omissões) da SE que muitas vezes negam o próprio inquérito epidemiológico estabelecido pela UBS do território e tem contribuído para o aumento dos casos na rede municipal de ensino.

Neste sentido, uma das primeiras ações aprovadas em plenária foi o encaminhamento de documento do Sindema cobrando das Secretarias de Educação, Saúde e Governo que orientem toda a rede municipal de ensino para que sejam suspensas as atividades previstas nas escolas no dia 25 de junho de 2022 (festas e atividades com a comunidade) a fim de evitar a contaminação em massa de alunos, profissionais da educação e familiares.

Outras ações aprovadas durante a plenária foram a notificação do Ministério Público e a criação de um canal de denúncia de casos confirmados de covid-19 entre profissionais da educação e alunos nas escolas da rede municipal. Entre em contato com o Sindema através do WhatsApp +5511993493730 ou +5511998950057 e informe! Vamos à luta! Juntos somos mais fortes!


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