O Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema repudia energicamente os lamentáveis eventos ocorridos na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta quarta-feira (6). Enquanto a Polícia Militar investe contra a sociedade, a privatização da Sabesp ameaça impactar toda a população, levantando sérias preocupações sobre os interesses envolvidos.

Condenamos tanto a brutalidade da PM, que atacou manifestantes e trabalhadores de forma desproporcional, quanto a aprovação apressada e carente de debate do projeto de privatização da Sabesp proposta pelo governador bolsonarista Tarcísio de Freitas.

Após o presidente da ALESP, deputado André do Prado (PL), determinar a retirada do público que ocupava o plenário Juscelino Kubitschek, a PM do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas transformou os corredores da Legislativo paulista num verdadeiro caos.

Cassetetes e spray de pimenta foram usados contra mulheres e homens que estavam lá para exercer seu direito de expressão e lutar contra a privatização da empresa que é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos em 375 municípios de São Paulo.

Vale lembrar que São Paulo, ao seguir o exemplo de estados como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, vai na contra mão do mundo, que vê surgir uma verdadeira “onda de reestatização” de empresas como a Sabesp: Berlim e Paris, na Europa; e Jacarta, capital da Indonésia, na Ásia.

Segundo informações do banco de dados Public Futures coordenado pelo Instituto Transnacional, da Holanda, e pela Universidade de Glasgow, na Escócia, divulgadas pela BBC, entre 2000 e 2023 aconteceram 344 casos de reestatização de empresas de fornecimento de água e tratamento de esgoto. Em muitas situações, houve aumento das tarifas e piora na qualidade do serviço prestado.

O Sindema exige não apenas a imediata investigação da violência policial, mas uma análise profunda dos impactos sociais e econômicos desta privatização. Defendemos também que a aprovação deste projeto seja anulada imediatamente para o bem do povo paulista!